
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
domingo, 19 de setembro de 2010
Linguagens...
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Transeuntes
É uma palavra nova que aprendi esses dias. Legal né? Diferente... Estranha... Por definição: Que ou quem passa por lugar ou rua, ou aquilo ou aquele que é passageiro, não dura. O uso dela veio a ser útil para este texto que já estava em mente para compartilhar com você.
Ele, certamente mais de idade, sentado em um banco, curvando-se para frente em movimentos de quem estava entregue à embriagues e adormecido. Ela, morena, mais jovem, sentava-se junto a ele. Ambos com suas vestes surradas e encardidas. Cabelos crespos endurecidos pela sujeira. Abandonados, porém, juntos. Todos olhavam aquele casal como dificilmente reparam em qualquer outro morador de rua.
Talvez pelo fato de estarem juntos. Companheiros. Duas histórias, duas vidas. Não posso saber qual era o tipo de relação entre eles, mas estavam ali, na mira daqueles olhares de quem passava. Tão diferentes do simpático casal de vizinhos que me ofereceu carona para casa dias depois... Tão diferentes dos casais de amigos que conheço, porém, na mesma condição primordial: humanos.
Na sexta, outra cena me chamou a atenção. Mais uma madrugada fria na deserta rua XV. Aqueles senhores acomodavam-se sossegadamente. Sr. Douglas, sentado junto ao Sr. Jean Carlos, recebem em seu humilde aposento, a visita de estranhos. Naqueles poucos metros de papelão espalhado pelo chão, sentados contemplando suas vidas passarem. Aproximamo-nos deles com panfletos e uma palavra amiga. Ansiávamos falar do amor de Deus àqueles homens e a conversa se estendeu. Sr. Douglas, de expressão simpática, muito bem-humorado e de um português impecável ao falar. É farmacêutico. Hoje sua profissão é a mendicância.
Logo, aproximou-se deles, Sr. Alex. Seus olhos transpareciam a carência de amor. Carregava por debaixo do casaco, um litro fechado de cachaça. Eis aí, na sarjeta, um pediatra. Ouvimos a cada um deles. Conversamos e até mesmo, cantamos junto. Oramos, abraçamos. O que me deixou marcado, foi o mesmo companheirismo. Três amigos. Três cúmplices, três parceiros. Três historias, uma amizade.
Em seguida, encontramos outros jovens como nós. Tocando e cantando para falar do mesmo amor de Deus. Uma rápida conversa e uma despedida. Uma madrugada inesquecível.
Quantas histórias e tantos porquês. Quantas pessoas com trajetórias tão distintas sob o mesmo céu. Passamos uns pelos outros. Cruzamos nossos caminhos. Transitamos por todos os lugares, mas raramente os vemos. Eles e eu, estranhos. Todos nós, transeuntes.
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Aguarde um momento, por favor...
terça-feira, 27 de abril de 2010
Sina
Um pobre velho tenta vender sua sexta de balas e doces em um ponto de ônibus no anseio de faturar seus primeiros centavos do dia.
Ele passa pelas pessoas oferecendo seu produto barato. Umas fingem não tê-lo visto. Ignoram sua existência. Outras, simplesmente recusam.
Sem esperança, o velho prossegue...
De repente, um homem muito bem vestido pergunta-lhe:
_ Senhor, quanto custa esta cesta ao todo?
Após 5 minutos tentando calcular um valor aproximado da sua escassa mercadoria, o pobre velho responde.
_Eu pago o dobro por tudo! Diz o senhor bem aparentado apanhando uma nota grande do bolso.
O pobre velhote não sabia se ria ou chorava. Sua alegria era tanta que acometeu-se de um ataque de risos.
Ria tanto que quase não podia ouvir uma voz que dizia ao fundo:
_Zé! Ô Zé!! Acorda! São seis da manhã! Velho maluco!
quinta-feira, 15 de abril de 2010
Eterno
terça-feira, 30 de março de 2010
As histórias de uma lata de sardinha
quinta-feira, 25 de março de 2010
Sobre a amizade...
quinta-feira, 18 de março de 2010
Relações sociais!
Já faz muuuito tempo que não vos escrevo, mas desta vez pretendo retomar este trabalho...Enfim, segue mais um texto. Este, inspirado por um indivíduo do meus círculo de amizade mais próximo!
Grande abraço! Apreciem sem moderação!
OBS: Hei! Comentem por favor!!!
Relações Sociais!
O que fazer de sua sexta-feira a noite quando se está muito cansado e com sono? Contrariando qualquer que seja seu pensamento agora mesmo e todo o apelo do meu fadigado corpo, atendi a um pedido que a mim é quase irrecusável.
Meu amigo, como ele mesmo disse, chamou-me para um encontro para reforçar aquela “convenção social chamada de amizade”. Conversar um pouco mesmo correndo o risco de ser agradável. Aceitei a fim de reiterar meu apreço pelas tão bem quistas pessoas as quais atribuo este papel de amigos. A fim também de demonstrar presença, uma vez que nestas convenções sociais se faz necessário lembrar e ser lembrado.
Sentados em uma mesa de praça de alimentação em um shopping, Teilor, Adriana e eu conversávamos sobre coisas das mais importantes por meio de comentários ironicamente inúteis, observações sarristas e piadas. Rir é uma das formas mais eficazes de tornar qualquer conversa mais agradável. É isso que se faz quando se está em companhia de indivíduos pelos quais se quer mais próximo. É bom estar em companhia de outros seres humanos que compartilham da mesma empatia.
Saímos do shopping para comer. Parece paradoxal, porém o deficit financeiro é agravante para escolha de onde se quer satisfazer o estômago. Ao chegar em uma barraquinha de cachorro quente, continuamos a rir e conversar sobre muitas coisas variando de cultura à futilidades.
Momentos como estes, noites como estas são imensuráveis, irremediáveis, inesquecíveis e impossíveis de se repetir, haja vista a ação implacável e irredutível do tempo.
Momentos como estes, atingem diretamente seu córtex-frontal (área do cérebro responsável pelo registro da satisfação). Faz seu cérebro liberar serotonina (substância sedativa e calmante)! Faz enfim, parecer por um momento, que é possível aproveitar momentos bons, que a vida não necessita do stress que nos é tão peculiar e que já é parte integrante da bagagem de cada dia.
Estar com outros indivíduos capazes de compartilhar determinada afetividade, afinidade e demonstrar reciprocidade e solidariedade, nos faz acreditar que somos alvos daquele indescritível sentimento chamado amor.
A amizade não se restringe ao momento, mas faz com que cada dia nos tornemos mais humanos. Nossas relações interpessoais quando bem estabelecidas são capazes de nos salvar da solidão e nos faz crer nesta idéia tão abstrata para a pós-modernidade, chamada Felicidade!