terça-feira, 30 de março de 2010

As histórias de uma lata de sardinha

Ah... o calor humano! As conversas alheias...A luta pelo seu metro cúbico de desconforto. Ah! os fétidos suores, os empurrões, cutucões, as más intenções. As más, as boas e as terceiras!

Existe coisa mais peculiar que um ônibus coletivo? Este elemento tão presente na vida de tantos brasileiros no dia-dia. Hoje quero compartilhar algumas reflexões acerca deste universo paralelo. Creio que uma imensa parte da minha vida eu tenho passado dentro de um. Desde que me conheço por gente.

Quantas histórias! Quantas pessoas distintas! Quantas experiências interessantes, desagradáveis, estapafúrdias e até mesmo agradáveis se passam dentro deste lugar comum de seres humanos civilizados (ou pelo menos deveriam ser).

Dentro de um coletivo você pode encontrar o amor da sua vida! Ou não. Você pode começar uma bela amizade, pode conhecer realidades muito diferentes da sua. O que dizer das brigas? Quanta baixaria! O que dizer dos casaizinhos indiscretos com os estalos tão irritantes de suas bocas atrevidas? O que dizer daqueles que passam mal, desmaiam, regurgitam... O que dizer dos bêbados? Coisas que tornam a viagem já não tão agradável em uma experiência um tanto quanto traumatizante.

E aqueles celulares em alto volume? Tem coisa mais irritante que gente dessa laia? Acreditando piamente que pode invadir o espaço sonoro alheio com sons quase nunca interessante aos demais? Que vontade de explodir aquelas coisas!

Cada sujeito estranho... Eu poderia listar quantas criaturas estranhas eu encontro e postar toda semana um relato esdrúxulo. Três exemplos da semana passada pra cá: Um senhor grisalho com um caderno na mão colando um adesivo de Punk Rock ou coisa parecida... coisa estranha...
Uma menina de calças rasgadas, Allstar, gorro de lã no estilo "Chaves" na cabeça e uma camiseta com a inscrição "perigo: Psicopada em tratamento".

Outra ainda: estava eu tão tranquilo quando notei que o ônibus demorava para sair do ponto onde havia acabado de parar. Uma moça do lado de lá da catraca começa a discutir com outra moça de jaleco branco que acabara de embarcar para convencê-la a sair e a voltar para a clínica da qual ela havia fujido. Logo, do lado de fora, muitos outros de jaleco se juntaram para aguardar a moça. No meio da discussão, uma mulher se levanta e se aproxima brigando com o motorista dizendo que estava atrasada e não queria perder tempo por causa de loucos no ônibus. O motorista retrucou com a mesma grosseria. Fiquei pensando comigo: que atitude mais egoísta, desumana, imbecil e grosseira???

Meu!! Quanta gente estranha nesse mundo! Da onde surgem!? Enfim.
Quem sabe um dia destes eu tenha outras histórias bizarras para contar. Não vai demorar muito.

Obrigado pelos minutos da sua atenção. Eu poderia estar roubando, matando, mas estou aqui mendigando um pouco da sua atenção para este Lar de textos solitários. Não vou vender canetas que não funcionam a um real, mas eu agradeço por ter lido até aqui! Abraço!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sobre a amizade...

Certas coisas não se fazem duas vezes na vida. Na adolescência tive meu primeiro grupo de amigos e com eles eu jogava bola. Tudo bem, se você me conhece deve estar querendo rir. É isso mesmo, não levo o menor jeito e nunca levei. Entretanto, há algum tempo fiz isso e apenas por um motivo. E este dia foi muito bom..

Era dezembro há poucos dias do Natal e um amigo veio dos EUA passar uns dias. No único dia em que eu poderia ir, ele estava aflito para jogar. Fazer o que?

Cada vez mais me convenço de que a amizade permeia as relações humanas. Não apenas a amizade, mas o amor como um todo.

No grego, existem muitos sentidos para uma mesma palavra em português: amor. Um deles é a amizade. Um tipo de amor. Creio que seja um dos mais essenciais. É um sentimento supremo e onipresente em todo tipo de relacionamento.

Deve existir amizade entre pais e filhos. Deve existir amizade entre marido e esposa. Entre Deus e você.

Ter amigos é a prova de que Deus se importa com você.

O interessante é que se trata de um tipo de amor diferente. É fraternal, não escolhe sexo, raça, status social. Nem mesmo exige que sejam pessoas iguais. É um tipo de amor que não exige presença. Claro que jamais se deve esquecer dos amigos, porém é um sentimento que não morre com a distância.

Nos caso de nós, homens o divertido é que você xinga, por brincadeira ou de verdade, briga, bate, tira o maior sarro e nada muda.

Amizade enfim é o que podemos levar da vida como um dom de Deus. E se você tem amigos, ligue, convide para sair e dar risada hoje mesmo! Seja feliz, pois presente maior você jamais terá!

quinta-feira, 18 de março de 2010

Relações sociais!

Boa tarde Pessoas!

Já faz muuuito tempo que não vos escrevo, mas desta vez pretendo retomar este trabalho...Enfim, segue mais um texto. Este, inspirado por um indivíduo do meus círculo de amizade mais próximo!

Grande abraço! Apreciem sem moderação!
OBS: Hei! Comentem por favor!!!

Relações Sociais!

O que fazer de sua sexta-feira a noite quando se está muito cansado e com sono? Contrariando qualquer que seja seu pensamento agora mesmo e todo o apelo do meu fadigado corpo, atendi a um pedido que a mim é quase irrecusável.

Meu amigo, como ele mesmo disse, chamou-me para um encontro para reforçar aquela “convenção social chamada de amizade”. Conversar um pouco mesmo correndo o risco de ser agradável. Aceitei a fim de reiterar meu apreço pelas tão bem quistas pessoas as quais atribuo este papel de amigos. A fim também de demonstrar presença, uma vez que nestas convenções sociais se faz necessário lembrar e ser lembrado.

Sentados em uma mesa de praça de alimentação em um shopping, Teilor, Adriana e eu conversávamos sobre coisas das mais importantes por meio de comentários ironicamente inúteis, observações sarristas e piadas. Rir é uma das formas mais eficazes de tornar qualquer conversa mais agradável. É isso que se faz quando se está em companhia de indivíduos pelos quais se quer mais próximo. É bom estar em companhia de outros seres humanos que compartilham da mesma empatia.

Saímos do shopping para comer. Parece paradoxal, porém o deficit financeiro é agravante para escolha de onde se quer satisfazer o estômago. Ao chegar em uma barraquinha de cachorro quente, continuamos a rir e conversar sobre muitas coisas variando de cultura à futilidades.

Momentos como estes, noites como estas são imensuráveis, irremediáveis, inesquecíveis e impossíveis de se repetir, haja vista a ação implacável e irredutível do tempo.

Momentos como estes, atingem diretamente seu córtex-frontal (área do cérebro responsável pelo registro da satisfação). Faz seu cérebro liberar serotonina (substância sedativa e calmante)! Faz enfim, parecer por um momento, que é possível aproveitar momentos bons, que a vida não necessita do stress que nos é tão peculiar e que já é parte integrante da bagagem de cada dia.

Estar com outros indivíduos capazes de compartilhar determinada afetividade, afinidade e demonstrar reciprocidade e solidariedade, nos faz acreditar que somos alvos daquele indescritível sentimento chamado amor.

A amizade não se restringe ao momento, mas faz com que cada dia nos tornemos mais humanos. Nossas relações interpessoais quando bem estabelecidas são capazes de nos salvar da solidão e nos faz crer nesta idéia tão abstrata para a pós-modernidade, chamada Felicidade!